segunda-feira, 24 de novembro de 2014

No sábado eu fui lá no Garoa Hacker Clube passar a tarde, aí tinha um povo com um projeto bem bacana de transformar uma calculadora em despertador. A calculadora era daquelas que imprimem o resultado em papel, então a idéia era hackear para imprimir uma sequencia numérica de manhã, e só parar de apitar quando você digitar a sequencia impressa (inspirado no lost é claro 
Mas ninguém tinha datasheet nenhum, então tinha que ser tudo na engenharia reversa. Eles estavam começando a pegar o multímetro para medir os sinais no cabo da impressora quando eu cheguei e falei "não, não, gente, vocês precisam de um analisador lógico!". O problema é que o cabo da impressora tinha só oito pinos, pelo tanto de caracteres que ela imprimia estava claro para mim que o sinal no cabo era serial, e no multímetro você iria perder os pulsos.
Como não tinha analisador lógico nem osciloscópio digital, eu sugeri improvisar. Em cima da mesa tinha um monte de resistores e LEDs, aí baixou o apollo 13 em mim e eu pensei "uai isso serve". Eu montei o circuito da figura, desse jeito é só botar a saída do R3 na entrada de microfone do notebook e usar o audacity como osciloscópio digital improvisado. Mas na hora todo mundo ficou com medo de dar errado e queimar o notebook haha.
Pois bem, no domingo eu fiz uma simulação para provar que o circuito funciona. Eu simulei o worst case scenario, que é se a impressora desse curto e vazasse os 127Vac da rede no circuito. Como mostra a simulação, mesmo nesse caso o sinal no R3 nunca passa de 1V, podia ter ligado de boa que iria funcionar 
A simulação:
Zoom nas tensões baixas para ver a linha vermelha (tensão no R3):


Ontem saiu um estudo dizendo que as pessoas que tem o alelo CC no gene 5-HTA1 tem maior chance de iniciar um relacionamento romântico:
Aí eu fiquei curioso e fui procurar a fonte. Na verdade o gene é 5-HT1A, a reuters deve ter errado e todo mundo passou o erro adiante. Achando o nome certo do gene, eu consegui ir atrás da posição dele (rs6295), e com a posição eu tive como ir no 23andme e pesquisar qual variante eu tenho.
Pois bem, o resultado deu que tanto eu quanto a Ila Fox somos CG! O que faz sentido, dado que nós demoramos para casar (eu casei com 33 e a Ila com 27). Segundo o estudo, as pessoas que possuem pelo menos um G são menos carentes e mais chatinhas para começar um relacionamento, então tem que ser alguém com muita afinidade para dar certo 


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Ontem me passaram um puzzle legalzinho, o 0hh1:
Na hora que eu vi eu pensei, puts, deve ser tranquilo fazer um solver disso. Aí resolvi medir quanto tempo eu levei para escrever o solver. Deu exatamente 106 minutos entre abrir o vi e terminar o puzzle:
Demorou tanto porque minha lib de mip não tem primitivos para desigualdades, só para inequações. Vou ter que melhorar a lib agora, o código ficou feioso.


Encontrei Jesus! Aleluia!
Eu sei que normalmente ele gosta de se revelar às pessoas na forma de torrada ou panqueca, mas para mim a aparição divina foi em forma de cimento no chão.
Ele também se revelou em sua forma de Cristo de Borja, mas Cristo é Cristo e tá valendo.


terça-feira, 18 de novembro de 2014

Nessa última comic con eu peguei também esse poster lindão com o Michael Golden. Eu sou fã dele por causa do Avengers Annual #10, que todo mundo lembra como sendo a primeira aparição da Vampira, mas para mim é uma edição histórica porque é o maior esporro da Marvel, de longe!
Os Vingadores historicamente sempre foram uma equipe misógina, tem o Homem-Formiga que batia na esposa, e a Feiticeita Escalarte que era claramente esquizofrênica (mas quando ela tinha uma crise, ao invés de ajudá-la, a reação sempre foi "Ela virou vilã - porrada nela!").
Mas o ápice foi quando um vilão de outra dimensão apareceu abraçado com a Miss Marvel, dizendo "oi gente, olha só, eu fiquei apaixonado pela Carol, então controlei a mente dela, agora ela está grávida e nós vamos fazer uma família lá na minha dimensão". E todos os Vingadores "parabéns, que casal feliz, quero ser padrinho da criança".
Até o Avengers Annual #10, onde a Miss Marvel volta da outra dimensão e os Vingadores vão visitá-la. Aí começa três páginas de um esporro épico: "gente, qual parte de CONTROLEI A MENTE DELA vocês não entenderam?! Eu fui estuprada, forçada a ter um filho com o estuprador, raptada para outra dimensão, e agora você ainda tem a cara de pau de vir aqui fazer visitinha? Vão tomar no cu todos vocês!"
Aí ela faz a única coisa sensata na Marvel para uma super-heroína, que é largar os Vingadores e ir pros X-Men, que historicamente são uma equipe feminista (o Claremont escreveu o Avengers Annual #10 e era o roteirista dos X-Men na época, diz a lenda que esse viés nas histórias dele é porque ele era casado com uma praticante de wicca).

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Depois de muita luta, finalmente eu tenho um roteiro original do Jiraiya autografado pelo próprio Jiraiya! Foi engraçado, quando ele viu o roteiro a primeira coisa que perguntou foi "onde você conseguiu isso?!", devia ter vários anos que ele não via um.
Agora, se já é difícil identificar assinaturas no nosso alfabeto, no deles é quase impossível. Em princípio está escrito 筒井巧, mas eu acho que só reconheci o rabinho do kanji do Takumi 
(Eu estava com medo de ir nessa comic con, achei que estaria super lotado e não daria nem para andar direito. Mas estava bem vazio, em comparação com as cons americanas).


Estava de bobeira na Liberdade, resolvi passar na Fonomag para ver o que tinha de manga, e eis que fico surpreso!

Gente, como assim o Keiichi e a Berudandi finalmente casaram?! Foram 25 anos de gibi, 48 volumes, demorou mais que o Ranma e a Akane!

O que eu gostava nessa série é que ela mostrava como era a vida do estudante de engenharia no Japão, a série equivalente no ocidente é o Wasted Talent, que é a vida do estudante de engenharia no Canadá. Engraçado que as duas são sobre engenharia mecânica, acho que não tem nenhum gibi sobre engenharia elétrica.




sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Joguei um pouco do Assassin's Creed Unity durante a semana. Esse é em Paris, que é uma cidade que eu conheço razoavelmente bem, então dá para comparar melhor.
Por fora os landmarks estão igualzinhos. Tem prestar muita atenção, bem de perto, para achar diferença entre o jogo e uma foto. Mas o jogo tem uma vantagem! Quando Ila Fox e eu fomos até o topo da Notre Dame, levamos 20 minutos subindo uma escada infinita e chegamos morrendo de cansaço lá em cima. No jogo leva vinte segundos, escalando por fora 
A Saint-Chapelle também tem uma diferença gritante. No jogo, você pode visitar o interior sozinho, na vida real você tem que dividir espaço com dezenas de turistas, e ainda corre o risco de não ver tudo (estivemos lá no meio do ano e metade da igreja estava com tapumes, reformando). Mas essa igreja perde um charme que só ao vivo tem: os vitrais são todos diferentes entre si, é quase a bíblia em quadrinhos. No jogo tem só uns oito vitrais diferentes e depois repete.
Eu também já tinha começado o jogo sabendo que não ia ver a Torre Eiffel, já que ele se passa na época da revolução francesa. Mas, surpresa! Tem um easter egg que te teleporta para a belle époque, dá para ver a inauguração da Torre, e ainda leva de brinde escalar a Estátua da Liberdade antes dela ser enviada para os americanos.
De bizarro mesmo eu só achei o nível do Sena. Toda vez que eu fui a Paris o Sena estava cheião, fácil fácil uns sete metros de altura. No jogo o Sena é rasinho, dá para atravessar com água pelo joelho. Agora eu não sei se o Sena era raso na época da revolução, ou se o Sena fica raso em algumas épocas do ano e coincidiu de eu só conseguir ver na cheia.
(O jogo em si está cada vez mais fácil a cada iteração, mas tudo bem, eu jogo pela história).


domingo, 9 de novembro de 2014

Fiz um negócio bacana para quem gosta de chiptune. Tem um monte de músicas da época que foram escritas em FM Basic de MSX, mas para ouvi-las tem todo o overhead de ligar um emulador, carregar a música e tal.
Então eu fiz um conversor que transforma a música de FM Basic para o formato VGM, que é o formato padrão para chiptune hoje em dia, e qualquer player toca.
A parta bacana é COMO eu fiz isso. Converter diretament FM Basic seria um trabalho do cão, porque a mml que o comando PLAY usa é absurdamente complexa. Por isso, o que eu fiz foi usar metaprogramação MSX:


O openmsx tem a opção de aceitar scripts tcl, você pode configurar para, por exemplo, toda vez que bater em um breakpoint pegar o conteúdo do registro A e jogar num arquivo. Colocando os breakpoints no lugar correto, eu consegui fazer o conversor inteiro em apenas 83 linhas de tcl 
Eu acho que sou muito impressionável, essa semana eu fiquei vendo "O Sobrevivente" na Discovery e agora eu fico vendo fontes de proteína em todo lugar.
Por exemplo, hoje cedo eu estava ouvindo Elis Regina e eis que me deparo com esse trecho das Águas de Março:
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
Claramente é sobre um cara que foi caçar usando uma funda, depois de pegar a presa ele foi no rio beber água e fazer um sanduíche de passarinho.


Muito doida essa simulação mostrando como Júpiter serve de escudo anti-colisão para a Terra. Também dá pra ver direitinho o L3, L4 e L5.


domingo, 2 de novembro de 2014

Eu sempre fui o tipo de doido que acha que os apêndices são a melhor parte do Retorno do Rei, então já era esperado que eu fosse gostar do World of Ice and Fire. Mas mesmo com as expectativas altas eu ainda me surpreendi, é bom demais!
Primeiro porque, ao contrário dos apêndices, esse livro é todinho ilustrado. E as ilustrações são aprovadas pelo GRRM, então elas são bem mais fiéis à obra que a adaptação da HBO. E além de fiéis ainda são lindas, olha só essa aí embaixo que mostra a batalha dos dragões de Valyria com o povo de Rhoynar.
Segundo porque, apesar de ser uma obra de referência histórica, as referências são todas erradas! O livro não tem narrador onisciente, ao invés disso, ele é contado do ponto de vista de um Mestre da Cidadela. Então todas as histórias são filtradas pela tradição da Cidadela, e quem leu os livros nota fácil o quão pouco os Mestres sabem. Por exemplo, no livro é citado que todas as crianças da floresta morreram quando os Ândalos chegaram, mas a gente sabe que isso não é verdade né?
Ó, livrão, se você já leu os cinco eu recomendo demais.

sábado, 1 de novembro de 2014

Livrão da semana: The World of Ice and Fire! Eu nem sabia que já tinha saído, tava passando de bobeira na Saraiva quando vi. Incrivelmente, o ágio da Saraiva estava menor que o frete da Amazon, então compensou comprar ali mesmo.
Na hora de pagar foi curioso, eu estava com minha camiseta do Zoidberg, e a caixa perguntou se era aquele bicho do Futurama. Eu falei que era sim, e comentei que eu gostava da série. Aí ela perguntou se eu assistia ocasionalmente ou se era fã.
Eu respondi que ano passado fui na Comic Con ver o Billy West, que é o dublador do Zoidberg, e que nós dois fizemos blublublublu juntos. Ela concluiu que eu era fã.
Em retrospecto, ainda bem que era a camiseta do Zoidberg e não das Tartarugas Ninja, a resposta teria sido maior.


Dica para quem terminou o coursera de Scala: ele tem uma continuação, chama Principles of Reactive Programming. Esse curso já acabou mas o site está aberto ainda, se você não faz questão do certificado dá para começar já:
Os tópicos são mônadas, futures, actors, etc., ou seja a parte prática para usar Scala em sistemas web.