Nós gravamos um videozinho no museu de ciências de Manchester para mostrar como é bacana a seção de "handling" que todos os museus por lá tem:

Fiz um mapa com os lugares de UK em que passamos:

https://mapsengine.google.com/map/edit?mid=zXG4vmx5pEAQ.kr2s9OzTOcwc

Teve muita coisa que não vimos, mas o truque é ficar feliz com o que viu, e não triste com o que não viu.

Outro item que comprei lá na fatidica lojinha do Bletchley Park foram duas coleções de réplicas de guerra. Essa da foto era o kit "Women's War", focando em réplicas de revistas e panfletos voltados para o público feminino.

Entre as pérolas do pacotinho, tinha o panfleto de alistamento no exército ("você ganha férias se a sua casa for bombardeada!"), e o panfleto da marinha explicando as profissões que mulheres podem ter ao se alistar (a que pagava mais era "wireless operator", mas o pré-requisito era saber código morse).

O kit de receitas de guerra é impressionante, entre as receitas está "sanduíche de batata", e lá explica que você pode fazer um sanduíche de batata reusando migalhas da refeição anterior, usando purê de batata para dar liga, e fritando tudo dentro uma latinha de sardinha.

O Nerdologia de hoje sobre hackers teve consultoria minha e do Girino Vey!

Na segunda nós fomos no Hard Rock Cafe de Londres, e o mapinha do cardápio dava destaque para o Hard Rock Cafe de Belo Horizonte. Mas o destaque foi indevido, porque o Hard Rock BH fechou essa semana:

http://www.hojeemdia.com.br/noticias/economia-e-negocios/hard-rock-cafe-fecha-as-portas-no-alta-vila-1.244162

Mas a parte bizarra mesmo foi encontrar uma foto do Mussum no Hard Rock de Londres. O Mussum está em todos os lugares por lá.

(não deve ser o Mussum, mas que parece, parece).

A listinha dos livros que comprei por lá. Não foram muitos, deu por volta de 20 livros, o problema é que alguns deles eram blocos enormes e pesados.

https://docs.google.com/spreadsheet/pub?key=0AusMHCZ-Qey1dERyMkY4OHk5YzYzTUtIRkx0YnZzZ1E&single=true&gid=0&output=html

Vir para Londres e tirar foto na Abbey Road é muito batido, nós tiramos foto com o leão da Cyndi Lauper.

Depois de viajar comigo por cinco continentes eis que a alça da mala quebrou e ela se tornou a lendária mala sem alça.

Talvez eu tenha exagerado nos livros. Maybe.

Esses dois eu tive que trazer: Banco Imobiliário do Turing e Super Trunfo CPU!

A lojinha do Bletchley Park era um terror, dava vontade de levar tudo. Um que consegui resistir foi esse aqui: um kit para montar em casa uma réplica do Enigma do zero! O problema é que eles levam a sério essa coisa de fazer do zero, e eu não conseguiria cortar a madeira para fazer a caixinha.

Uma bandeira que estava enrolada na cabeça de um kamikaze. Os textos incluem "se é para morrer, leve um americano junto".

Se você tem só um dia para passar no Reino Unido, agora você já sabe, vai para Bletchley.

Pouca coisa escrita à mão na época pelo Turing sobreviveu. Um dos poucos foi esse tabuleiro de Monopoly que ele desenhou à mão para jogar com os amigos!

Na época da guerra todas as fábricas de brinquedos foram desativadas para fazer munição, então quem queria brincar tinha que fazer seus próprios brinquedos.

Olha aqui uma coisa que eu não sabia. Os alemães trocavam a chave de criptografia todo dia à meia-noite, e o Bletchley Park era basicamente formado de matemáticos que quebravam a chave do dia, e operários que usavam a chave quebrada para decifrar o volume de mensagens interceptadas.

Os matemáticos eram todos recém-formados de Oxford e Cambridge (inclusive eles escolheram colocar os codebreakers em Bletchley porque era o baricentro de Oxford, Cambridge e Londres). Para os operadores, tinha que ser gente de muita, muita confiança, se os alemães descobrissem que os aliados já tinha quebrado o enigma, eles trocavam de máquina e todo o trabalho teria sido jogado fora.

E em quem os militares confiavam mais? Na família! Como os filhos dos militares já estavam no front, eles mandaram as filhas para operar os computadores do parque. E tinham mais ou menos quatro operadoras para cada matemático, então o Bletchley Park era a versão anos 40 para as Gostosas e os Nerds.

Um pacote de mensagens originais decodificadas pelos codebreakers! Veja que uma boa parte é sobre locais de lançamentos de V1 e V2!

Essa me deu vontade de caçar no ebay: uma régua de calculo 2D para fazer contas com números complexos!

Eu e um TR-48 funcionando! Ele é um computador análogico baseado em ampops, você interliga os bloquinhos como se fosse o simulink do matlab, e o resultado sai no osciloscópio. Esse aqui estava simulando um sistema massa-mola com atrito.

Eu e um BBC Micro rodando a primeira versão do Elite. A vantagem desse museu de Bletchley em relação aos outros museus de computação é que aqui tudo está funcionando e você pode fuçar!

A exposição sobre internet tinha um gato de pelúcia, porque não dá para falar de internet sem mencionar gatos.

Eu e o Harwell Dekatron! Ele é o computador mais antigo que ainda funciona, foi construído em 1949. A parte bacana é que ele é um computador decimal ao invés de binário!

Bletchley Park, home of the Codebreakers!

Mussum não morreu, ele veio para Londres e abriu uma padaria sem licença.

Hoje fomos assistir ao musical do Queen, achei bem legal! Esse Freddy na entrada do teatro devia ter uns 6m de altura.

Esse show está passando desde 2002, mas vai terminar semana que vem. Demos sorte de pegar uma das últimas apresentações.

Eu e um tomate!

A vida toda eu usei celular de pinguim e fui criticado pela sociedade. Mas é que eu estava no lugar errado. Na sociedade dos pinguins todos aceitam os celulares de pinguim.

A marcha dos pinguins! Todo dia às 2h15 o zoo de Edimburgo abre a porta dos pinguins para eles passearem. Tinha até pinguim real, eu nunca tinha visto um desses de perto.

Eu e a primeira edição do Mirifici Logarithmorum Canonis Descriptio (o livro de logaritmos do Napier)!

O Napier nasceu em Edimburgo então tem muita coisa dele na cidade.

Irn Bru, a outra bebida nacional da Escócia!

(Tem gosto de tubaína)

Eu e a Dolly!

(Encontro épico de ovelhinhos)

Jogo da Runa! Essa runa estava em uma das pedras do castelo. Mas ela está cavada na rocha ou o relevo é para fora?!

Na Escócia tem gmail faz mais de cem anos!

Eu e o Mel Gibson.

Eu achava que as vacas do Skyrim eram feias porque faltava algum shader no 360, mas não, as vacas do Norte são feias mesmo.

Olha só de onde copiaram o castelo de Solstheim do Skyrim.

Primeiro dia na Escócia e eu achei o CD dos Red Hot Chili Pipers!

Minha bagagem é de esquerda, ela apóia o bolsa-família, a mala-família e até a mochila-família.

Eu e o mano Turing!

Fui enganado!

Eu olhei todos os trens na exposição de trens do Industry Museum, e nenhum deles tem a cordinha que você puxa para fazer piuí!

Tem uma estátua do Watt na praça central de Manchester! Várias unidades de medida moraram aqui.

Eletroímas originais feitos pelo Joule! Foi tão intenso que eles ainda tem carga magnética mesmo 170 anos depois.

Consta que o Joule quando criança gostava muito de eletricidade, e um passatempo dele era passar corrente elétrica pelo irmão para ver qual o mínimo que dava choque. Se ele não tivesse mudado de área, é certeza que ao invés da primeira lei da termodinâmica ele teria feito o Robocop.

O museu tinha só aviões, eu não estava entendendo por que chamava Air and Space Museum. Aí eu olhei para cima.

I'm too sexy.

Em Manchester eles dizem que Juiz de Fora é a Manchester do Brasil.

Eu e o mano Neil no Trinity College de Cambridge, onde ele filmou o Cosmos!

Essa foto deu trabalho para tirar, porque tecnicamente falando o Trinity College fica fechado para não-estudantes em época de provas (e a época de provas é o mês de maio inteiro).

Então o algoritmo foi:
1. Tenta achar uma entrada discreta no prédio
2. Se você for localizado por um guardinha, rola um teste de carisma.
3. Se falhar no teste, é expulso e volta pro começo da fase.

Foi preciso quatro iterações para conseguir achar o ângulo certo e tirar a foto 

Bônus: O guardinha monitorando a área. Felizmente, 20 anos de metal gear me deixaram preparado para a situação.

Eu e o microscópio pessoal do Charles Darwin!

Anedota: aqui em Cambridge tem um riozinho, e um monte de gondoleiros oferecendo serviço. Um deles ficou insistindo, e eu disse que não queria andar de gôndola porque não iria dar tempo de visitar os museus de ciência. Eu vou precisar de tags para simular o tom de voz dele:

<sarcasm> Pois então que o senhor se divirta muito nesse seu <double sarcasm> passeio de museus </double sarcasm> </sarcasm>

Você tem um polegar opositor?

Eu e uma lousa do Einstein! Ele deu uma palestra em Oxford na década de 30, e ao invés de apagar colocaram num quadro. As equações são as primeiras idéias dele sobre a expansão do universo.

Ficou parecendo que Londres é muito melhor que Paris, mas aqui tem uma desvantagem grave: a poluição. Na escala ricbit de poluição, Londres já passou o nível desastroso, passou o nível calamidade e passou o nível paulistano (faltou só um pouquinho para passar o nível spectreman).

Anedota: Eu sempre espirrei muito. Acordava espirrando, ficava o dia todo espirrando e dormia espirrando. Mas de uns anos para cá isso passou sozinho, nunca mais tive essas crises.

Até que mês passado eu fui visitar São Paulo. Comecei a espirrar alguns nanosegundos depois de sair do avião e só melhorei quando voltei a BH. Eu achei que tinha melhorado, mas meu problema não era espirro crônico, era alergia a SP.

Em Londres eu não espirro, mas eu sei que aqui a poluição é pior que SP porque <nojinho> toda noite eu vou assoar o nariz e sai uma gosma preta </nojinho>, decerto culpa da fumaça, fuligem e particulados em geral que ficam no ar daqui. Então eu concluo que minha alergia a SP não é culpa da poluição, deve ser algum pólen local ou coisa parecida.

Bônus! Na Forbidden tinha essa estátua do Han Solo usando CPAP. Note que não tem ninguém bonzinho usando CPAP, tem que ser chaotic pra baixo. A lista de usuários inclui Han Solo, Darth Vader e o Bane 

NÃO VAI TER COPA (versão bansky)

Hoje deu tempo de passar na Forbidden Planet, eu não resisti a esse mapa gigante pop-up de Westeros!

Mais um que veio da Blackwells: William Shakespeare's The Empire Striketh Back. É a versão original do Star Wars escrita pelo Shakespeare, antes do George Lucas adaptar para o cinema. Cito um trecho:

Enter WAMPA, aside

WAMPA 
Pray know that I a wampa simple am,
And take no pleasure in my angry mood,
Though with great force this young one's face I slam,
I prithee know I strike but for my food.

LUKE
Alas, is this th'adventure I am due,
To die upon a vicious monster's whim?
I am attacked by this awful beast!
O fate most wretched - shall I be his feast?

[Exit, pursued by a wampa.

(Todo mundo fala em Pentâmetro Iâmbico, menos o Yoda, que fala em Haiku).

Todo mundo conhece as fotos que o Lewis Carroll tirou da Alice Lidell né? Lá em Oxford eu vi como elas foram feitas! 

Hoje em dia para tirar foto você só precisa apertar um botão, mas em 1800 e bolinha você não apenas precisava tirar a foto, como também era responsável pela própria revelação. No science history museum de oxford eles tem guardado o kit de revelação do Lewis Caroll, com todos os potes de reagentes para fazer a emulsão. Imagina a trabalheira que era ficar sintetizando a química a cada foto que você tira.

Trouxe meus livros para o Tolkien autografar.