quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Povo lançou uma rede social nova onde você recebe dinheiro para postar (na verdade eles compartilham o ganho dos anunciantes com quem produz conteúdo, no caso, você). Mas o facebook está bloqueando todos os links para essa rede social nova, dizendo que é "unsafe" (apesar de nada indicar que é unsafe, parece censura mesmo). Mas nada me impede de fazer uma página com um link e postar o link né?
Para entrar precisa de indicação, coloca que quem indicou foi "ricbit".

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Dia desses o Marco Lazzeri me perguntou qual a linguagem de computador mais antiga que eu sei programar. Provavelmente é LISP, criada em 1958, já até escrevi um compilador dela.

E dessas linguagens antigas, qual a minha predileta? Quando você pensa em linguagens antigas, tipo ALGOL, FORTRAN, LISP, BASIC, você está pensando na segunda leva de linguagens. A minha predileta é da primeira leva, chama Plankalkül. A imagem tem o algoritmo TPK implementado em Plankalkül.

Os mais desavisados devem olhar para a imagem e ficar se perguntando como eles faziam para digitar essa linguagens cheia de traços e linhas. A resposta é simples: eles não digitavam. Não existia teclado nessa época, aliás os computadores não tinham nem sequer tela.

E como eles compilavam, se não tinha como digitar o programa! Ora, não compilavam! Ainda não tinham inventado o compilador! A linguagem era só um jeito de colocar as idéias no papel de forma legível, depois algum humano ainda teria que converter o algoritmo para código de máquina.

E por que ela é minha preferida? Porque ela veio direto do mundo bizarro! O único motivo de hoje em dia considerarmos o Alan Turing como pai da computação é porque os aliados ganharam a guerra. Se o eixo tivesse ganhado a guerra, então o criador do computador seria o Konrad Zuse, e essa era a linguagem que ele usava para programar o Z2, computador que ele criou que é anterior ao trabalho do Bletchley Park.

Mas poucas pessoas conhecem o Plankalkül. O motivo disso é que ele demorou para ser publicado. O Plankalkül era parte da dissertação de doutorado do Zuse, mas a faculdade queria que ele pagasse uma quantia alta como taxa de matrícula. Sem grana na época, o Zuse deixou pra lá, e esses documentos só vieram a público quase 30 anos depois.


quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Hoje é dia de postar sobre BTTF, então aqui vai uma foto da Ila Fox com o DeLorean original do filme (usaram 6 carros nas filmagens, mas esse era o único que era usado nas cenas de close).
Eu sempre achei que Capacitor de Fluxo era uma piada escondida. Capacitores funcionam com a derivada da carga, quem funciona com a derivada do fluxo é o indutor. Para mim "capacitor de fluxo" é tipo "subir para baixo" ou "entrar para fora", a graça é que são conceitos opostos.
Se fosse eu a fazer um remake, o carro usaria um capacitor de fluxo para ir ao passado, e um indutor de carga para ir ao futuro.


Como está chegando a data do Star Wars novo, Ila Fox e eu resolvemos assistir de novo os filmes, dessa vez usando a ordem do machete.
Mas eu fiquei intrigado com essa cena onde a Falcon fica presa na Death Star, aí os Stromtroopers entram e não acham ninguém a bordo, porque estavam todos escondidos nos buracos para contrabando.
Poxa! Lá no começo do filme eles falam que não detectaram nenhuma forma de vida no escape pod dos droids. Se eles tem um lifeform detector que funciona à distância, por que raios não usaram na Falcon, ao invés de fazer inspeção manual?!
(Personagem burro a gente super releva, mas worldbuilding com inconsistência interna é pecado).


O sentai dessa semana no Japão teve participação do Jiraiya, rolou até um mini remake da abertura! E não foi só pegar o uniforme no armário e colocar em um dublê, chamaram o Takumi mesmo. Ficou bem legal.

Aqui o video do episódio completo:
https://www.facebook.com/urameshi.ismael/videos/836191206480245/
Tirar foto de gato preto é difícil, então eu experimentei um pouco com exposição longa no gato Rabisco.


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Ontem eu reparei que tem uma representação da BIOS no teto do Municipal, decerto a mulher da figura é a placa-mãe então!
Outra leitura do Lohengrin é ver o destino final dos personagens. A trama toda é maquinada por uma sacerdotisa de Wodan, que faz uma invocação bem bacana no ato 2. A tradução do libreto é "Deuses profanos! Ajudai agora a minha vingança! Puni a ignomínia que aqui vos foi feita! Aniquilai o delírio pérfido dos apóstatas!".
Aí você vê o que acontece, a heroína morre de desgosto, o cavaleiro do Graal é exilado, o rei cristão perde o exército, a única que saiu ilesa foi a sacerdotisa mesmo, ou seja, a vingança de Wodan tem poder!
(Vale lembrar que Wodan é a grafia antiga de Odin, então ela estava rezando pro pai do Thor. Daí você vê de onde o Stan Lee tirava a inspiração para aqueles discursos empolados dos asgardianos).


Fomos ao Theatro Municipal assistir à opera Lohengrin do Wagner, que é aquela história onde a Elsa casa com o Cavaleiro de Cisne. A parte bacana dessas óperas clássicas é que ninguém reconhece de nome, mas todo mundo já ouviu. O trecho em 2:35:00 é inconfundível:
A parte complicada é conseguir assistir a peça de 1850 com os olhos de hoje, para mim ficou bem claro que a moral da história é que se o marido tiver um segredo que não quer contar, é bom a esposa não insistir porque isso pode acabar com seu casamento (e, eventualmente, esposa que desobedece o marido acaba morrendo).
Quem nunca desenhou o Wolverine numa aula de teoria da relatividade?


domingo, 11 de outubro de 2015

Eu não sei mais a diferença entre -1 e 1.

Resolvi brincar de axiomatização com um provador de teoremas automático. Coloquei as definições de add e mul no Prover9, e a primeira surpresa é que ele não sabia que 0 é diferente de 1! Na verdade tanto faz, você pode completar essa aritmética dos dois jeitos sem cair em contradição.

Então eu adicionei 0 != 1 como axioma e bola pra frente. Mas aí bati no segundo problema. Se eu tento adicionar raiz quadrada, ele começa a concluir que 1=-1. Usei como definição sqrt(x)=y <=> sqr(y)=x; mas aí ele raciocina que sqrt(1)=1 porque sqr(1)=1, mas sqr(-1)=1 também logo sqrt(1)=-1 e como sqrt(1)=sqrt(1) então 1=-1.

Se eu conserto introduzindo ordem, por exemplo dizendo que (x>0) -> (0>-x) então eu não consigo representar complexos, só reais. Para fazer complexos eu vou precisar de uma definição bem mais complicada de sqrt :(

Aqui meus axiomas até agora:

formulas(sos).
 add(x, 0) = x.
 add(x, minus(x)) = 0.
 add(x, y) = add(y, x).
 add(x, add(y, z)) = add(add(x, y), z).
 mul(x, 1) = x.
 (x != 0) -> (mul(x, inverse(x)) = 1).
 mul(x, y) = mul(y, x).
 mul(x, mul(y, z)) = mul(mul(x, y), z).
 mul(x, add(y, z)) = add(mul(x, y), mul(x, z)).
 1 != 0.
 sqr(x) = mul(x, x).
 (sqrt(x) = y) <-> ((sqr(y) = x)).
end_of_list.

formulas(goals).
 1 = minus(1).
end_of_list.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

O dia que o Isaac Newton enfiou uma agulha no olho.
A grande maioria das coisas que o Newton fez foi culpa da peste negra. Quando a peste chegou em Cambridge, a recomendação oficial foi FUJAM PARA AS MONTANHAS! Por isso, o Newton voltou para a fazenda dos avós, e ficou lá dois anos esperando a peste sumir de Cambridge.
Mas ele não ficou parado nesses dois anos, pelo contrário, sem a burocracia da universidade para atrapalhar, esses dois anos provavelmente foram os mais produtivos dele. Foi nessa época que ele criou a teoria da gravidade, o cálculo, e a óptica.
A óptica foi curiosa. Ele era adepto da teoria corpuscular, então achava que as cores eram geradas por partículas que pressionavam a retina. Como bom cientista, ele resolveu testar a hipótese. Para isso, ele enfiou uma agulha por trás do globo ocular, e ficou apertando a retina por trás para ver o que acontecia.
A parte bacana é que a descrição do experimento sobreviveu! A imagem ao lado é um scan do diário dele, onde ele descreve que ao pressionar a retina, via bolas brancas, pretas e coloridas. ("there appeared white darke & coloured circles" - o diário é em inglês então dá para ler fácil).
COMO ele conseguiu fazer isso sem se cegar eu não sei. Eu adoro fazer experimentos científicos, mas o Newton era outro nível de dedicação.


domingo, 4 de outubro de 2015

Assistimos The Martian agora. O filme é bom, mas eu tive que assistir sabendo que eu não era o público-alvo. Para deixar mais palatável para os galeritos, toda a parte de hard sci-fi do livro ficou meio de lado. Os meus dois personagens prediletos do livro eram o oxygenator e o water reclaimer, e no filme quase não são citados frown emoticon
E eles mudaram o final também. As cenas pós-créditos são bacanas e menos abruptas que o final original do livro, mas antes disso eles adicionaram uma cena que no livro não tinha. Quer dizer, é baseado em uma idéia que aparece no livro, mas uma idéia que todos os personagens dizem que é idiota. O diretor deve ter achado que ia ficar visualmente legal e adicionou anyway. (Dica para quem for escrever filmes cientificamente corretos: se você aplica uma força em um corpo rígido fora do seu centro de gravidade, ele gira. E sem atrito nenhum, gira loucamente.)
Ah, o Sean Bean não morre, mas acontece uma coisa ruim só com o personagem dele, e todos os outros passam incólumes.