terça-feira, 30 de setembro de 2014

Terminei de ler Rendezvous with Rama! A primeira vez que li eu ainda era moleque, e a lenda que rolava é que não dava para apreciar esse livro sem ter feito graduação em Engenharia. Mas eu fui teimoso e li assim mesmo, na época eu gostei bastante.

Mas e agora que eu realmente tenho graduação em Engenharia, como o livro fica? Melhora ou piora? Para mim a sensação que ficou é que Rama é um livro de colorir. Os contornos estão todos lá, mas a graça é pintar as partes em branco!

Quando eu era criança, eu lia que o cientista da história deduziu que a gravidade interna era x, porque o diâmetro era y e o raio era z. Hoje em dia eu sei calcular isso, então demonstrar o que o cientista deduz é tão divertido quanto a história em si. E quando o cientista erra é mais legal ainda, porque você percebe o erro antes dele (e o Clarke não erra, quem erra são os personagens, que eventualmente acaba percebendo o próprio erro).

A minha dúvida mesmo é por que raios isso ainda não virou filme? É uma história muito visual e fácil de adaptar (diferente de Dune onde 80% do livro são os personagens pensando, aí os filmes precisam apelar para voice-over ou narrador se quiserem manter alguma coisa do original).

Pela lógica meu próximo livro deveria ser Fundação, mas estou com medo de não ter envelhecido bem. Vou de A Deepness in the Sky mesmo.


Lanika Rigues me pediu para compartilhar essa campanha, mas deixa eu aproveitar para adicionar contexto.
No último debate, o candidato Sr. Excremento disse que homossexuais são uma afronta porque não reproduzem. Pois bem, todas essas crianças precisando de doações foram abandonadas por casais heterosexuais; e como os gays não reproduzem, muitos escolhem adotar essas crianças abandonadas. Então, quando você faz campanha anti-gay, você está diminuindo o pool de famílias possíveis para essas crianças.

https://www.facebook.com/events/512266618919721/?ref=22
Eis que Velma, a lagarta, se transformou em Velma, a mariposa, e saiu voando feliz na direção da escola de Arquitetura. Muito ajuizada, saiu de casa e já foi direto para a faculdade.


Nesse fim de semana eu fui a BH, então o quarto do hotel ficou vazio nesses dias. Hoje eu me dei conta que isso vai ser bizarro do ponto de vista da camareira!
Durante a semana toda o Manual da Auto Destruição estava em cima da mesa, e de repente eu sumo. Certamente ela vai achar que o manual funcionou.


O evento do ano! Ao vivo no youtube!
O cara estava descascando batatas enquanto falava o nome de todas as pessoas que contribuíram com o kickstarter da salada de batatas!
Aqui tem o link para o momento no video em que ele fala meu nome:
A corrente dos joguinhos!
Regras: escolha 10 joguinhos, não leve mais que alguns minutos, não pense muito. Eles não precisam ser o jogo certo ou grandes obras, só precisam ser importantes pra você de algum jeito.
Em ordem mais ou menos cronológica:
- Come-come (Odyssey)
- Antarctic Adventure (MSX)
- Aleste 2 (MSX 2)
- Ys 3 (MSX 2)
- TMNT (Arcade)
- Space Quest 3 (PC)
- Might and Magic 3 (PC)
- Morrowind (PC)
- Guitar Hero 3 (360)
- Fallout 3 (360)

Se a lista fosse de 20, os próximos seriam:

- Nemesis (MSX)
- Metal Gear 2 (MSX)
- Stun Runner (Arcade)
- Final Fight (Arcade)
- Contra 3 (SNES)
- Chronotrigger (SNES)
- Pinball Fantasies (PC)
- Doom (PC)
- Lands of Lore (PC)
- Mario Kart DS (DS)
Eu estava com vontade de comer buffalo wings, e me disseram a melhor aqui da região era a do Hooters. Eu fui lá ontem, de fato o tempero é muito bom, vai do nível de pimenta 1 ao 4 (eu provei o 3 e achei forte, o 4 deve ser nível indiano). Mas apesar da comida ser boa, não vou voltar não. Eu me senti desconfortável no ambiente.
As atendentes lá precisam vestir um uniforme muito, muito apertado, se bobear deve ter body paint onde a espessura da camada de tinta é maior que a espessura desse uniforme. E ele é recortado para ser o mais curto possível sem virar um biquini. Pra mim era uma situação borderline de exploração sexual e isso estava me incomodando muito.
Mas podia ser só minhoca na minha cabeça né? Semanas de lagarta e curso de criação de minhocas podem ter esse efeito. Então eu resolvi fazer o teste científico, coletei uma amostra perguntando para a atendente se ela não se sentia mal naquela situação.
Pois bem, a resposta foi: "Olha, no começo a gente se sente mal sim, mas depois acostuma". ARGH. Isso pra mim é o pior, o cérebro humano é tão maleável que se adequa a qualquer situação. Quando o abuso é sistemático, o abusado acaba "acostumando".
Por isso que eu nem sou a favor de crucificar o Pelé não. A declaração anti-Aranha que ele fez foi fruto de 50 anos sendo chamado de macaco. Para sobreviver numa sociedade que era pior que a nossa, a única saída foi "acostumar". O Pelé hoje em dia deve estar tão "acostumado" que nem percebe mais o abuso.


Aproveitando a fase de sci-fi retro eu peguei para reler Rendezvous with Rama. A parte bacana de reler em inglês é que subitamente você percebe conexões que passaram batidas da primeira vez. Por exemplo, eu não tinha me ligado que o comandante Norton no original era Commander Norton.


O único lugar aqui perto onde esta passando o filme dos cavaleiros do zodíaco é no shopping JK Iguatemi, e eu preciso compartilhar meu asco.
O filme só esta passando na sala VIP, que custa o dobro do preço. A diferença da sala VIP para a normal é que toda cadeira tem um botaozinho para chamar o serviçal no meio do filme, assim você pode pedir pipoca com classe. Naturalmente, a pipoca custa infinitos reais, e você ainda tem a opção da pipoca gourmet, que é feita no óleo de canola, e custa 2 x infinitos reais.
E eu só poderia ver porque sou adulto. Segundo o cartaz, é proibida a entrada de crianças sem acentos infantis. Eu sou Ricardo, não poderia entrar. Só se fosse José ou Márcio.
Pra mim ficou muito claro que o público alvo desse shopping são idiotas com dinheiro.

sábado, 13 de setembro de 2014

Agora eu tenho um filhote de Shai-Hulud em casa, resolvi reler Duna. A última vez que li foi mais de 20 anos atrás em pt-br, agora eu fiz a coisa certa e reli no original. É bem melhor do que eu lembrava, provavelmente algumas nuances na época eu não entendia.
O que eu lembro da época é que eu tinha um amigo que não gostava de Duna porque ele achava que era cópia. A argumentação dele fazia sentido: o filho do nobre sofre um golpe e se alia ao povo livre para derrotar o barãomalvado, logo Duna é uma releitura sci-fi do Robin Hood.
Mas o que eu achei interessante é ver como Duna influenciou muito mais o Game of Thrones que o Tolkien. Os dois são a história da família boazinha (Stark/Atreides) que ganhou um grande prêmio (Arrakis/Hand of the King) mas que os colocou em altas confusões com a família rival (Harkonnen/Lannister) culminando na morte do pai (Leto/Ned). E em ambas as obras, a única coisa que tem mais poder que a política é o clima do planeta (o deserto seco de Duna / os invernos imprevisíveis de Westeros).
Eu também aproveitei para emendar o filme de 84, não lembrava que o Patrick Stewart era o Gurney. E mais curioso ainda, eu fiquei super encanado com o ator que fazia o Paul, até me ligar que ele era o Orson do Desperate Housewives haha.


segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Além de quatro gatos pretos, agora eu tenho uma lagarta chamada Velma. Vamos criá-la até que ela cresça e vire um Shai-Hulud (ou uma mariposa, o que vier primeiro).



Olha como é simpática com o zoom:



Comida é um problema, eu sei que ela come morangos porque ela veio em um. Mas se eu comprar um morango qualquer, ele pode ser transgênico e ter a toxina certinha para matá-la. Ou seja, agora tenho que comprar morangos orgânicos.

domingo, 7 de setembro de 2014

Depois de dez anos morando no Canadá, o Fabio Ayres voltou pro Brasil e veio morar em Belo Horizonte. Só hoje eu pude encontrá-lo, ele trouxe para mim de presente um Timex Sinclair 1000 completinho na caixa, tinha até o cheiro dos anos 80 dentro!




O negócio do cheiro é sério, eu pirei cheirando a placa do micrinho!


Esse restaurante vende limonada de morango. Agora falta a laranjada de tamarindo e a goiabada de marmelo.


sábado, 6 de setembro de 2014

Assistimos hoje a um documentário muito bom, "Aftermath: Population Zero" (tem no netflix com legenda em pt-br). A premissa é que todos os humanos misteriosamente sumiram ao mesmo tempo, e eles analisam o que acontece com o planeta quando os humanos se vão.

Em 24h todas as usinas de eletricidade param de funcionar, sem humanos para gerenciar. Em poucas semanas os cachorros domésticos formam matilhas e começam a comer todos os bois que morreram por falta de comida. Em 100 anos todos os prédios desmoronam pela ferrugem nas vigas e deterioração do concreto. Em 200 anos, as represas cedem. Em 230 anos a Torre Eiffel cai. Nessa época, o resquício que sobra da civilização são os celulares da Nokia (REALLY essa é a conclusão deles!!!)



Resultado da bienal no fim de semana: São Jorge #2 autografado pelo Danilo Beyruth e Valente #4 autografado pelo Vitor Cafaggi !

Ambos são excelentes, o Beyruth fez uma leitura histórica do São Jorge (com uma solução criativa para encaixar o dragão!), e o Valente inclui o clássico diálogo "Você é um cocô... e eu vou matar você!".