sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Ontem eu fiquei em terceiro no POWTOW:
Esse problema pede para calcular o Knuth double up-arrow (que parece nome de posição sexual né? "oi benzinho vamos fazer o knuth double up-arrow?"). Mas na verdade isso é só a notação que o Knuth inventou para potências de potências. Tipo 5^^3 = 5^5^5, e 7^4=7^7^7^7.
O primeiro instinto é usar o teorema de Euler:
a^totient(n) = 1 (mod n)
...maaas isso só funciona quando a e n são primos entre si. Então na verdade a pegadinha do problema é descobrir um jeito de generalizar esse teorema para a e n quaisquer.
Eu achei duas maneiras: a maneira lenta é usando o teorema chinês do resto, a maneira rápida fica como exercício para o leitor 
Acho que não vai dar para pegar o primeiro lugar nesse não, os tempos já estão bem apertados e tirar 0.01s vai ser bem difícil.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Eu queria desejar um Feliz Halloween a todos os programadores que me seguem!
Queria também comentar que eu fui no shopping hoje e vi um guri no colo do Papai Noel, tirando foto com o pau de selfie. Eu aprovo.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Acho que eu ainda não tinha postado a minha foto com o Jiraiya né.
As duas coisas curiosas que eu aprendi no encontro foram:
1. Como assim ele não envelheceu? Tá com a mesma cara de vinte anos atrás! Pior que eu nem sei o motivo são os genes japoneses ou se é a dieta japonesa (ou ambos, vai saber).
2. Eu sempre cruzei os dedos errado! Tipicamente, antes de matar um inimigo o Jiraiya cruzava os dedos e falava "Não o perdôo". Mas eu vi ele cruzando os dedos ao vivo e é muito fácil do que eu achava. Você começa fazendo dois chifres do Dio, um cada mão. Você solta o polegar de uma mão e entrelaça com o polegar da outra. Aí é só juntar as pontas dos chifres e pronto, você está preparado para sair por aí sem perdoar ninguém!


domingo, 21 de dezembro de 2014

Mais um da CCXP: Magali com arte original da Lu Cafaggi !
Vocês sabem que eu adorei a CCXP né? Mas justamente por isso eu fiquei espantado de ver o tanto de gente não gostou do evento. Foi um exemplo clássico de culture clash, o objetivo da CCXP era ser o mais parecido possível com a comic con gringa, e o público não estava preparado pra isso.
Para mim a evidência mais clara foi o estande da Panini. Todo mundo sabia que a Panini ia lançar gibis com capas especiais para o evento. Aí, na fila para pagar, eu vi um monte de gente reclamando que era desaforo pagar um montão pelo ingresso, e no fim a capa especial ser uma folha em branco!
Sempre eu ouvia alguém falando isso, eu tomava o cuidado de explicar o que estava acontecendo. A graça de ter um gibi com capa especial é que ela é mais rara, diferente dos outros 99% que vão ter a capa comum. E a capa da Panini era em branco de propósito! Lá no canto do evento tinham mais de cem desenhistas, era só levar o gibi com capa em branco para qualquer um deles, que o seu gibi seria o mais raro possível: aquela capa desenhada para você é única!
(Mas eu acho que foi um erro de comunicação da Panini: na comic con de verdade todo mundo sabe para que serve uma capa em branco, aqui no Brasil ainda é novidade, então tinha que ter alguém explicando isso em algum lugar).
Pois bem, na verdade eu contei só metade da história pro povo da fila. É verdade que se você levar um Valente pro Vitor desenhar, aquela capa vai ser única e só você vai ter. MAS as outras 1500 pessoas da fila também vão pedir um Valente, e depois de desenhar 1500 Valentes, o traço fica tão automático que é quase um carimbo. Se você quiser um gibi único de verdade, tem que usar a criatividade.
Por isso eu levei essa Magali em branco para a Lu, e o diálogo foi mais ou menos assim:
- Oi Lu, você pode desenhar uma melancia para mim?
- Uma o que?!
- Melancia !
- Só a melancia, mais nada?
- É, só a melancia!
- Pode ser uma melancia natalina?
- Pode.
No fim eu tenho a única capa customizada com melancia, e ainda aprendi que a diferença da melancia normal para a melancia natalina é que a natalina faz hô hô hô 


quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

É sempre importante lembrar que você NÃO DEVE usar Android se:
1. for mulher e estiver grávida
2. for homem e tiver cancer de próstata.
Nesses casos o recomendado é iPhone mesmo.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Mais um da CCXP: Cripta do Shogum #1 com arte original do Daniel Wernëck !
Não sei se já falei da minha teoria, mas na minha cabeça o Shogum dos Mortos é o equivalente brasileiro das Tartarugas Ninja. Compara só: ambos são trabalhos feitos por quadrinistas vindos da cena underground, e que mesclam temas do japão feudal com o que tem de mais recente na cultura pop ocidental.
Na década de 80, o que bombava eram os X-Men, então o que saiu foram ninjas mutantes. Hoje em dia o que está bombando são zumbis, então saiu o Shogum dos Mortos. Mas a maior semelhança dos dois é na temática, ambos foram construídos explicitamente na forma de sátiras.
(Se você acha que as Tartarugas Ninja não são sátira, pega o Mirage Comics #1 lá na estante e releia. Elas são claramente sátira do Demolidor, só que UpToEleven. A origem é exatamente a mesma. O mestre decrépito do Demolidor é um velhinho chamado Stick (vareta), o das tarturugas é tão mais decrépito que nem chega a vareta, é só Splinter (farpa). As tartarugas tem lencinhos inúteis amarrados no joelho e no cotovelo, porque é isso que os ninjas da Marvel usam, compare com o uniforme da Elektra e da Psylocke. E os nomes das tartarugas são a jóia do pacote, com tanta referência pulp, elas tinham que ser Kirby, Byrne, Miller e Claremont, mas elas tem nomes de pintores renascentistas só para adicionar mais uma camada de ironia por cima).
Pois bem, Shogum dos Mortos é a mesma coisa, só que ao invés de usar como referências os quadrinhos americanos da década de 80, ele usa os quadrinhos brasileiros da década de 80. O Ovelha Negra, que é pré-Shogum, era sátira da Mad. O Almanacão de Férias do Shogum vinha dos equivalentes da Turma da Mônica. E agora, o mais novo Cripta do Shogum busca inspiração direto na Kripta da RGE, tanto em formato (magazine com papel vagabundo), quando em conteúdo (coletânea de histórias de terror com autores diversos).
Se você já leu os originais, é diversão garantida. Por isso o aviso honesto na capa, PARA ADULTOS. Não é necessariamente por causa do sangue e violência do interior, é que se você não for adulto, não vai entender as referências que só quem lia gibi nos anos 80 vai perceber. Por exemplo, no meio das histórias tem a propaganda do Instituto Universal Shogum dos Mortos, que é hilário se você lembra do IUB que vinha no meio de quase todo gibi da época. E as propagandas falsas sempre tem alguma história escondida, como o estagiário fazendo trabalho forçado nas catacumbas da gráfica, ou o quadrinista malvadão que vende sua alma para o capitalismo e termina a vida fazendo caricaturas de casamento (me identifiquei com esse).
Agora só falta esperar o desenho animado com a versão fofinha do Shogum. Ou então chiclete, eu aposto no chiclete.


domingo, 14 de dezembro de 2014

Depois de 20 anos enrolando, aproveitei o fim do domingo para finalmente implementar o algoritmo BBP, que acha o n-ésimo dígito hexadecimal de pi, sem precisar achar os n dígitos anteriores.

Achei bacana demais, as duas coisas que me impressionaram foram:

1. O algoritmo é O(n log n), bem melhor que aquela coisa cúbica que você precisaria se fosse calcular todos os dígitos que vieram antes.

2. O algoritmo não precisa de bignum! Dá para fazer todinho com inteiro e floating point.

Eu não vou postar o código porque usei ele num probleminha do spoj:

http://www.spoj.com/ranks/PIHEX2/

Fiquei em terceiro, agora preciso descobrir qual é o truque para ficar em primeiro. Aposto que ele usou montgomery multiplication, esse é outro que estou enrolando faz anos para implementar.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Hoje eu entrei distraído no elevador, sem ver que ele estava descendo, e fui parar no subsolo. Descobri que os dois primeiros subsolos são 1s e 2s.

Segundo a lógica, se o prédio tivesse mais subsolos, eles seriam 2p, 3s, 3p, 4s, 3d, 4p, e assim por diante.


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Mais uma arte original da ccxp, esse é o Superman Red Son, desenhado na hora, em nanquim sobre lápis, pelo artista original da série, o Dave Johnson. Para quem não lembra, essa é aquela história alternativa onde o foguete do Superman cai na União Soviética ao invés de cair nos USA, e aí ele cresce e vira o Superman Comunista. Para mim está no top 10 das histórias do Superman.
A historinha da vez é que ele levou quase meia hora para desenhar, e o estande dele ficava bem ao lado do estande da Marvel, onde estava tocando o trailer do Avengers 2 em loop. Ele já tinha decorado todas as falas e cenas do filme haha.
Pois bem, com a ajuda dos objetos do filme que estavam em exposição, nós dois sentamos e deduzimos toda a trama do filme. O que vai acontecer é que (spoilers em rot13):
B gbal fgnex inv genafsbezne nf neznqhenf nhgbzágvpnf qb veba zna 3 ahzn veba yrtvba dhr freir cnen erfcbfgn eácvqn dhnaqb bf niratref aãb rfgãb cbe cregb, znf n VN qn veba yrtvba fr eroryn r iven b hygeba. Ní dhnaqb b Hygeba qbzvan gbqnf nf neznqhenf, hzn qryrf fr pbagen-eroryn r iven b Ivfãb. Inv gre Ivfãb ab svyzr, cbqr rfperire ní.


sábado, 6 de dezembro de 2014

Arte original do Pato Donald com o Ovo Quadrado, desenhada pela Don Rosa!
O Don Rosa está desenhando de graça para qualquer um que aguentar ficar 2h na fila (e depois que inventaram o smartphone eu nunca mais tive medo de fila). Só que o Don Rosa é velhinho, e eu por princípio nunca pego nada de graça de autores velhinhos, especialmente depois do que aconteceu com o Al Plastino. Ele também estava vendendo posters pré-impressos, então foi a minha deixa, eu ia pagar pelo poster só para poder recompensá-lo pelo trabalho.
MAS a pegadinha é que ele não aceitava cartão e eu não tinha nada de dinheiro físico no bolso. Aí eu fiquei um tempão tentando bolar um plano infalível para conseguir dinheiro sem sair da fila, quando vejo de longe o Vitor Cafaggi passeando pelo evento! Aí eu acenei loucamente, e quando ele me viu eu pedi um dinheiro emprestado. A parte engraçada foi ouvir os cochichos do resto do povo que estava na fila: "você viu isso? esse cara é tão foda que até o Cafaggi empresta dinheiro para ele" (LOL)
Conforme a fila ia diminuindo, deu para ver o que o Don Rosa estava desenhando, e eu notei que ele desenhava só cabeças. Quando chegou a minha vez, eu perguntei se ele podia fazer um pedido especial para mim e desenhar a mão do Donald também. Mas ele é um velhinho muito by-the-rules, e falou que não podia, se ele desenhasse uma mão para mim teria que desenhar para todo mundo para ser justo com todos.
Aí eu fiz a cara do gato de botas e ele me perguntou porque eu queria tanto uma mão, aí eu expliquei que minha idéia era o Donald segurando o Ovo Quadrado, que é a minha história predileta do Barks. Ele disse que essa é a história predileta de *todo mundo*, e marotamente me disse que não podia desenhar a mão, mas podia desenhar o Donald pensando no Ovo. Aí fechou né?
No fim eu saí super feliz, fiquei com o desenho do Donald com o Ovo, um poster do Tio Patinhas, e mais tarde até consegui pegar dinheiro para devolver pro Cafaggi 


Hoje eu fui lá no Garoa de novo, e nós fizemos a engenharia reversa do Ultron!
Explico: lá na Comic Con tinha um estande da Marvel onde eles estavam apresentando itens originais que foram usados na gravação do filme Avengers 2 (que estréia só ano que vem). Um deles era a cabeça do Ultron, o vilão do filme.
Mas filmes de Hollywood são bonitos na tela porque tem muita pós-produção, de perto você consegue ver que a maioria dos props são gambiarras montadas com sucata. Em especial, deu para tirar foto do circuito que aparece na cabeça do Ultron!
Hoje nós pegamos as fotos para analisar, e é certeza que ele foi feito a partir de uma placa de celular. Dá para ver direitinho o conector do simcard, a saída dos botões de volume e a conexão usb. Nós não conseguimos achar o modelo exato do celular, mas deu para ler o chip do meio, é um CoreLogk CL8232S5H. Não achei o datasheet na web, estou supondo que é um chip custom que a empresa mandou fazer só para esse modelo.
Então se perguntarem, você pode falar que o Ultron é movido a celular 


UPDATE: O Eduardo Maçan conseguiu achar o modelo exato de celular, é um Samsung SGH E900, no service manual dele tem uma foto da placa e é igualzinha ao do Ultron!

http://www.s-manuals.com/manuals/phone/samsung/samsung_sgh-e900_service_manual.pdf

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Acabei de voltar da Comic Con Experience, o evento está foda, compensa totalmente o preço do ingresso. Eu acho que está pau a pau com a Megacon de Orlando, espero que tenha todo ano agora!
Eu me esforço muito para me concentrar em pegar autógrafos e não comprar artes originais, mas dessa vez não teve jeito. Essa página olhou para mim e falou "me compre". É a arte original do MCP #5, que no Brasil foi publicado pela Abril como Wolverine #1, a primeira história do Caolho. O roteiro é do Claremont, o lápis é do Buscema e a arte-final do Klaus Janson.
De perto ela é lindona, dá para ver o lápis azul, as partes onde é caneta e as partes onde é pincel, dá para ver até o corretivo branco nas partes que não estavam boas.


Esse é um scan do gibi da Abril:


Eu estava lendo sobre o Lavoisier, e descobri que todos os desenhos nos artigos que ele escreveu foram feitos pela esposa dele.
Muito me identifico com isso isso, aprovo os casais felizes onde um desenha e o outro faz ciência. Mas eu desaprovo a parte da guilhotina.


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Nós fomos a um restaurante italiano muito bom, o chef era italiano e todos os ambientes tinham quadros com temática italiana. 

Mas o quadro mostrando a torre de Pisa estava com problema, aí eu consertei para eles.


Ontem nós assistimos no netflix um documentário chamado Wild Brasil. O foco são três famílias de animais selvagens brasileiros: macacos-prego, ariranhas e quatis, mas eles acabam mostrando outros bichos também, como a onça, o jacaré, tamanduá e assim por diante.

Mas eu fiquei emocionado de verdade na cena abaixo, eles conseguiram filmar o momento épico onde o carcará come a cobra queimada! O que acontece é que o cerrado é muito seco e dado a ter queimadas repentinas, que se alastram muito rápido. Bicho que tem perna sai correndo, as coitadas das cobras não são rápidas o suficiente, ficam queimadas, aí o carcará pega, mata e come.

Para mim isso é emocionante porque essa é a história de uma das minhas músicas prediletas, Carcará da Maria Bethania. Não achei iria conseguir ver esse momento!

A música -> https://www.youtube.com/watch?v=NZbxncygOPQ

A letra->

(...)
Carcará
Quando vê roça queimada
Sai voando, cantando,
Carcará
Vai fazer sua caçada
Carcará come inté cobra queimada
(...)



Povo fala que motoboy em São Paulo é tudo um bando de FDP, mas não é verdade, hoje foi o primeiro que vi.


Pessoal acha que português é minha língua nativa, mas não é não.


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

No sábado eu fui lá no Garoa Hacker Clube passar a tarde, aí tinha um povo com um projeto bem bacana de transformar uma calculadora em despertador. A calculadora era daquelas que imprimem o resultado em papel, então a idéia era hackear para imprimir uma sequencia numérica de manhã, e só parar de apitar quando você digitar a sequencia impressa (inspirado no lost é claro 
Mas ninguém tinha datasheet nenhum, então tinha que ser tudo na engenharia reversa. Eles estavam começando a pegar o multímetro para medir os sinais no cabo da impressora quando eu cheguei e falei "não, não, gente, vocês precisam de um analisador lógico!". O problema é que o cabo da impressora tinha só oito pinos, pelo tanto de caracteres que ela imprimia estava claro para mim que o sinal no cabo era serial, e no multímetro você iria perder os pulsos.
Como não tinha analisador lógico nem osciloscópio digital, eu sugeri improvisar. Em cima da mesa tinha um monte de resistores e LEDs, aí baixou o apollo 13 em mim e eu pensei "uai isso serve". Eu montei o circuito da figura, desse jeito é só botar a saída do R3 na entrada de microfone do notebook e usar o audacity como osciloscópio digital improvisado. Mas na hora todo mundo ficou com medo de dar errado e queimar o notebook haha.
Pois bem, no domingo eu fiz uma simulação para provar que o circuito funciona. Eu simulei o worst case scenario, que é se a impressora desse curto e vazasse os 127Vac da rede no circuito. Como mostra a simulação, mesmo nesse caso o sinal no R3 nunca passa de 1V, podia ter ligado de boa que iria funcionar 
A simulação:
Zoom nas tensões baixas para ver a linha vermelha (tensão no R3):


Ontem saiu um estudo dizendo que as pessoas que tem o alelo CC no gene 5-HTA1 tem maior chance de iniciar um relacionamento romântico:
Aí eu fiquei curioso e fui procurar a fonte. Na verdade o gene é 5-HT1A, a reuters deve ter errado e todo mundo passou o erro adiante. Achando o nome certo do gene, eu consegui ir atrás da posição dele (rs6295), e com a posição eu tive como ir no 23andme e pesquisar qual variante eu tenho.
Pois bem, o resultado deu que tanto eu quanto a Ila Fox somos CG! O que faz sentido, dado que nós demoramos para casar (eu casei com 33 e a Ila com 27). Segundo o estudo, as pessoas que possuem pelo menos um G são menos carentes e mais chatinhas para começar um relacionamento, então tem que ser alguém com muita afinidade para dar certo 


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Ontem me passaram um puzzle legalzinho, o 0hh1:
Na hora que eu vi eu pensei, puts, deve ser tranquilo fazer um solver disso. Aí resolvi medir quanto tempo eu levei para escrever o solver. Deu exatamente 106 minutos entre abrir o vi e terminar o puzzle:
Demorou tanto porque minha lib de mip não tem primitivos para desigualdades, só para inequações. Vou ter que melhorar a lib agora, o código ficou feioso.


Encontrei Jesus! Aleluia!
Eu sei que normalmente ele gosta de se revelar às pessoas na forma de torrada ou panqueca, mas para mim a aparição divina foi em forma de cimento no chão.
Ele também se revelou em sua forma de Cristo de Borja, mas Cristo é Cristo e tá valendo.


terça-feira, 18 de novembro de 2014

Nessa última comic con eu peguei também esse poster lindão com o Michael Golden. Eu sou fã dele por causa do Avengers Annual #10, que todo mundo lembra como sendo a primeira aparição da Vampira, mas para mim é uma edição histórica porque é o maior esporro da Marvel, de longe!
Os Vingadores historicamente sempre foram uma equipe misógina, tem o Homem-Formiga que batia na esposa, e a Feiticeita Escalarte que era claramente esquizofrênica (mas quando ela tinha uma crise, ao invés de ajudá-la, a reação sempre foi "Ela virou vilã - porrada nela!").
Mas o ápice foi quando um vilão de outra dimensão apareceu abraçado com a Miss Marvel, dizendo "oi gente, olha só, eu fiquei apaixonado pela Carol, então controlei a mente dela, agora ela está grávida e nós vamos fazer uma família lá na minha dimensão". E todos os Vingadores "parabéns, que casal feliz, quero ser padrinho da criança".
Até o Avengers Annual #10, onde a Miss Marvel volta da outra dimensão e os Vingadores vão visitá-la. Aí começa três páginas de um esporro épico: "gente, qual parte de CONTROLEI A MENTE DELA vocês não entenderam?! Eu fui estuprada, forçada a ter um filho com o estuprador, raptada para outra dimensão, e agora você ainda tem a cara de pau de vir aqui fazer visitinha? Vão tomar no cu todos vocês!"
Aí ela faz a única coisa sensata na Marvel para uma super-heroína, que é largar os Vingadores e ir pros X-Men, que historicamente são uma equipe feminista (o Claremont escreveu o Avengers Annual #10 e era o roteirista dos X-Men na época, diz a lenda que esse viés nas histórias dele é porque ele era casado com uma praticante de wicca).

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Depois de muita luta, finalmente eu tenho um roteiro original do Jiraiya autografado pelo próprio Jiraiya! Foi engraçado, quando ele viu o roteiro a primeira coisa que perguntou foi "onde você conseguiu isso?!", devia ter vários anos que ele não via um.
Agora, se já é difícil identificar assinaturas no nosso alfabeto, no deles é quase impossível. Em princípio está escrito 筒井巧, mas eu acho que só reconheci o rabinho do kanji do Takumi 
(Eu estava com medo de ir nessa comic con, achei que estaria super lotado e não daria nem para andar direito. Mas estava bem vazio, em comparação com as cons americanas).


Estava de bobeira na Liberdade, resolvi passar na Fonomag para ver o que tinha de manga, e eis que fico surpreso!

Gente, como assim o Keiichi e a Berudandi finalmente casaram?! Foram 25 anos de gibi, 48 volumes, demorou mais que o Ranma e a Akane!

O que eu gostava nessa série é que ela mostrava como era a vida do estudante de engenharia no Japão, a série equivalente no ocidente é o Wasted Talent, que é a vida do estudante de engenharia no Canadá. Engraçado que as duas são sobre engenharia mecânica, acho que não tem nenhum gibi sobre engenharia elétrica.




sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Joguei um pouco do Assassin's Creed Unity durante a semana. Esse é em Paris, que é uma cidade que eu conheço razoavelmente bem, então dá para comparar melhor.
Por fora os landmarks estão igualzinhos. Tem prestar muita atenção, bem de perto, para achar diferença entre o jogo e uma foto. Mas o jogo tem uma vantagem! Quando Ila Fox e eu fomos até o topo da Notre Dame, levamos 20 minutos subindo uma escada infinita e chegamos morrendo de cansaço lá em cima. No jogo leva vinte segundos, escalando por fora 
A Saint-Chapelle também tem uma diferença gritante. No jogo, você pode visitar o interior sozinho, na vida real você tem que dividir espaço com dezenas de turistas, e ainda corre o risco de não ver tudo (estivemos lá no meio do ano e metade da igreja estava com tapumes, reformando). Mas essa igreja perde um charme que só ao vivo tem: os vitrais são todos diferentes entre si, é quase a bíblia em quadrinhos. No jogo tem só uns oito vitrais diferentes e depois repete.
Eu também já tinha começado o jogo sabendo que não ia ver a Torre Eiffel, já que ele se passa na época da revolução francesa. Mas, surpresa! Tem um easter egg que te teleporta para a belle époque, dá para ver a inauguração da Torre, e ainda leva de brinde escalar a Estátua da Liberdade antes dela ser enviada para os americanos.
De bizarro mesmo eu só achei o nível do Sena. Toda vez que eu fui a Paris o Sena estava cheião, fácil fácil uns sete metros de altura. No jogo o Sena é rasinho, dá para atravessar com água pelo joelho. Agora eu não sei se o Sena era raso na época da revolução, ou se o Sena fica raso em algumas épocas do ano e coincidiu de eu só conseguir ver na cheia.
(O jogo em si está cada vez mais fácil a cada iteração, mas tudo bem, eu jogo pela história).


domingo, 9 de novembro de 2014

Fiz um negócio bacana para quem gosta de chiptune. Tem um monte de músicas da época que foram escritas em FM Basic de MSX, mas para ouvi-las tem todo o overhead de ligar um emulador, carregar a música e tal.
Então eu fiz um conversor que transforma a música de FM Basic para o formato VGM, que é o formato padrão para chiptune hoje em dia, e qualquer player toca.
A parta bacana é COMO eu fiz isso. Converter diretament FM Basic seria um trabalho do cão, porque a mml que o comando PLAY usa é absurdamente complexa. Por isso, o que eu fiz foi usar metaprogramação MSX:


O openmsx tem a opção de aceitar scripts tcl, você pode configurar para, por exemplo, toda vez que bater em um breakpoint pegar o conteúdo do registro A e jogar num arquivo. Colocando os breakpoints no lugar correto, eu consegui fazer o conversor inteiro em apenas 83 linhas de tcl 
Eu acho que sou muito impressionável, essa semana eu fiquei vendo "O Sobrevivente" na Discovery e agora eu fico vendo fontes de proteína em todo lugar.
Por exemplo, hoje cedo eu estava ouvindo Elis Regina e eis que me deparo com esse trecho das Águas de Março:
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
Claramente é sobre um cara que foi caçar usando uma funda, depois de pegar a presa ele foi no rio beber água e fazer um sanduíche de passarinho.


Muito doida essa simulação mostrando como Júpiter serve de escudo anti-colisão para a Terra. Também dá pra ver direitinho o L3, L4 e L5.


domingo, 2 de novembro de 2014

Eu sempre fui o tipo de doido que acha que os apêndices são a melhor parte do Retorno do Rei, então já era esperado que eu fosse gostar do World of Ice and Fire. Mas mesmo com as expectativas altas eu ainda me surpreendi, é bom demais!
Primeiro porque, ao contrário dos apêndices, esse livro é todinho ilustrado. E as ilustrações são aprovadas pelo GRRM, então elas são bem mais fiéis à obra que a adaptação da HBO. E além de fiéis ainda são lindas, olha só essa aí embaixo que mostra a batalha dos dragões de Valyria com o povo de Rhoynar.
Segundo porque, apesar de ser uma obra de referência histórica, as referências são todas erradas! O livro não tem narrador onisciente, ao invés disso, ele é contado do ponto de vista de um Mestre da Cidadela. Então todas as histórias são filtradas pela tradição da Cidadela, e quem leu os livros nota fácil o quão pouco os Mestres sabem. Por exemplo, no livro é citado que todas as crianças da floresta morreram quando os Ândalos chegaram, mas a gente sabe que isso não é verdade né?
Ó, livrão, se você já leu os cinco eu recomendo demais.

sábado, 1 de novembro de 2014

Livrão da semana: The World of Ice and Fire! Eu nem sabia que já tinha saído, tava passando de bobeira na Saraiva quando vi. Incrivelmente, o ágio da Saraiva estava menor que o frete da Amazon, então compensou comprar ali mesmo.
Na hora de pagar foi curioso, eu estava com minha camiseta do Zoidberg, e a caixa perguntou se era aquele bicho do Futurama. Eu falei que era sim, e comentei que eu gostava da série. Aí ela perguntou se eu assistia ocasionalmente ou se era fã.
Eu respondi que ano passado fui na Comic Con ver o Billy West, que é o dublador do Zoidberg, e que nós dois fizemos blublublublu juntos. Ela concluiu que eu era fã.
Em retrospecto, ainda bem que era a camiseta do Zoidberg e não das Tartarugas Ninja, a resposta teria sido maior.


Dica para quem terminou o coursera de Scala: ele tem uma continuação, chama Principles of Reactive Programming. Esse curso já acabou mas o site está aberto ainda, se você não faz questão do certificado dá para começar já:
Os tópicos são mônadas, futures, actors, etc., ou seja a parte prática para usar Scala em sistemas web.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Tava aqui de boas ouvindo música do Jiraiya, quando em um trecho ele diz que vai usar sua ira na espada laser, e aí eu parei para pensar.
O kanji de ira/raiva é 怒 (quem jogou ikari warriors reconhece). Pois bem, os dois radicais do kanji são "coração" e "mulher". Será que raiva é uma coisa que surge no coração das mulheres, por isso o kanji é assim?
Pois eu fui olhar a etimologia e só piora. Na verdade os radicais são "coração" e "escravo" (o raivoso é o escravo do coração). Por sua vez, "escravo" é que usa o radical de mulher (porque, naturalmente, as mulheres são escravas dos homens).
Tem gente que acha que o português é uma língua sexista, mas português é light se comparado às línguas asiáticas.
Terminei o curso de programação funcional no Cousera, estou fazendo um Rubik solver em Scala para consolidar ->
Está no comecinho ainda, o link é para quem quiser acompanhar o dev em real-time.
O curso em si é bacana, mas para mim foi meio fácil porque eu já sabia Haskell. Mas confirmou a minha suspeita de que a unidade de pensamento não é a função. Em programação estruturada, você pensa em funções e as implementa usando variáveis. Em programação funcional, você pensa em tipos e os implementa usando funções. A função é a ferramenta, não o objetivo.
Sobre o scala em si eu achei a sintaxe meio zoada, meu resumo é que Scala/Haskell = Java/Python. Haskell é conciso e usa indentação sintática, Scala é verbose e ignora indentação. Mas tem uma feature do Scala que eu achei muito bacana: a anotação @TailRec que quebra seu código em tempo de compilação se a função não for tail-recursive. Isso ajuda um monte para escrever código recursivo eficiente.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Lucas Radaelli tinha pedido dicas de cursos online então eu resolvi listar os que fiz até agora. Todos que estão na lista eu recomendo:
Coloquei na lista o curso, professor, site, quanta dedicação/tempo você precisa, a dificuldade e uma nota subjetiva de quanto eu gostei do curso.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Terminei ontem de ler A Deepness in the Sky, é bom demais, recomendo que parem tudo e comecem a ler agora.
Em retrospecto dá para fazer engenharia reversa no que o autor estava pensando. A idéia central do livro é: por que raios os aliens ainda não entraram em contato com a gente?
A resposta de Occam é que os aliens não entraram em contato porque eles não existem. Mas uma outra solução mais divertida é que os aliens estão escondidos, esperando alguma coisa acontecer. E o livro é justamente o desenvolvimento dessa idéia: qual um cenário plausível para que aliens estivessem escondidos, esperando para se revelar?
É claro que sendo o Vinge, a idéia tem um twist. O twist é que o livro é contado do ponto de vista do povo-aranha do planeta Arachna. E os aliens somos nozes.


domingo, 12 de outubro de 2014

A parte legal de casar com a pessoa certa é que você nem precisa se esforçar muito para comunicar, já que rola a leitura de pensamento. Eu perguntei para a Ila Fox se ela lembrava de uma música que era cantada por uma menina e que era sobre um meio de transporte que não era uma bicicleta. Com esse pingo de informação ela conseguiu deduzir que eu estava pensando em Rollerblades:




Moçadinha esperta hoje em dia vê anime no netflix e já fica se achando otaku. Na minha época você tinha que pedir episódio por episódio pelo correio e esperar semanas até vir de Brasília, para no fim assistir em 240p, isso quando o cabo não pegava interferência.
Vai tudo virar ferrofluido.


sábado, 11 de outubro de 2014

Estou na metade do A Deepness In The Sky e já estou arrependido!

(de não ter lido antes)

A parte bacana é que todo livro do Vinge tem um capítulo onde você não entende porra nenhuma do que está acontecendo. No Fire Upon the Deep era aquele primeiro capítulo no pov do Tines, que só faz sentido mais para frente, quando você entende o que é um Tine.

Nesse aqui foi aquele primeiro capítulo que se passa na Inglaterra durante a Primeira Guerra, demorei para entender que não era bem a Inglaterra.

Mas esse livro tem uma parte chata quando você está lendo no Kindle. Nesse futuro todo mundo usa unidades do SI, e é meio chato ficar convertendo de cabeça quantos dias são um megasegundo. Se fosse em papel teria uma tabela de conversão na contra-capa, no Kindle o jeito é se acostumar mesmo.


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Eu já tentei aprender chinês várias vezes, mas sempre morria logo no começo, porque eu não entendia os tons. Mas aí semana passada eu fiz umas aulas no coursera e finalmente entendi os tons.
Ontem eu fiquei pensando o que mudou na minha vida para que eu conseguisse entender os tons, e aí caiu a ficha!
O tom á é o miado do Vinil.
O tom ā é o miado do Miucho.
O tom à é o miado do Rabisco.
Quando perguntarem, eu vou falar que quem me ensinou chinês foram meus gatos.


Meu nome está impresso em Marte e eu nem sabia!
Uns anos atrás a Nasa pediu para mandarem o seu nome para eles, a idéia era colocar todos num chip na Curiosity e mandar pra Marte. Eu mandei meu nome, e quando a Curiosity pousou lá, meu nome pousou junto.
Mas eu achei que meu nome estava em ascii dentro de alguma rom da nave. Na real, o que eles fizeram foi colocar o nome por extenso dentro da pastilha, então o meu nome não está codificado em Marte, está impresso em Marte!

domingo, 5 de outubro de 2014

Eu já atravessei aquele ponto sem volta onde eu compro mais livros no Kindle que livros de papel. Mas os livros em deadtree ainda tem uma vantagem, são muito melhores quando possuem qualquer coisa além de texto (como figuras e fórmulas). 

Daí a leva da Amazon desse mês veio só com livros assim: o livrão da Taschen com os detalhes da Torre Eiffel, os dois livros do Randall que são cheios de desenhos, o compêndio das Tartarugas Ninja é que é lindo, e o Cooking for Geeks, cheio de diagramas (e o primeiro capítulo é Hello, Kitchen, achei tão bacana!)

E por algum motivo o Vinil quis aparecer em todas as fotos hoje.